O Reggae desde a sua origem tem vindo a ter vários altos e
baixos. Nos últimos dois anos esta vertente musical tem estado na mó de cima.
Tal tem sido a afluência nas festas que, e como era de
esperar, uma nova geração de soundsystems
surgiu. Em nenhuma outra altura no nosso país, desde o surgimento do
Reggae, houve tantos sounds* como
agora. Os amigos juntam-se na garagem do vizinho e começam a surgir as
primeiras passagens, basta conhecer a pessoa certa e já tem o seu nome lançado.
Todos sabem passar som, porém a filosofia rastafari já não se encontra nas mesas de mistura. O principal objetivo
é colocar as gyals a dançar, no momento de abrir a pista o
espirito livre dos rastaman já não
importa mais. Os sounds da velha
guarda afirmam que o verdadeiro reggae está a desaparecer e juntam forças para
combater a falsa crença da filosofia.
Nas festas de Reggae, já não ouvimos o
verdadeiro roots mas sim assistimos antes a
um dancehall cujo seu objetivo é entrar no ouvido melodicamente e não tanto reavivar a mensagem que o Reggae tem como objetivo
transmitir: uma vida cheia de paz, harmonia e amor com uma luta insaciável contra
o sistema corrupto que teima em nos oprimir.
*sounds = soundsystems
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