Nos últimos tempos o reggae têm vindo a ganhar muita afluência. As salas de espetáculo começam a encher, nas publicações do facebook, a nível musical, é o dancehall que predomina, para os mais ousados colocam-se fotografias de charros e outros produtos ilícitos, as cores: vermelho, amarelo, verde e preto viram moda.
O reggae está em todo o lado, está nos cartazes de festas, nas lojas de roupa, no computador, na casa do amigo do lado. É uma febre, ou moda, que tem vindo a instalar-se nos grupos de amigos. Um do grupo começa a ouvir uma música e o outro logo a seguir vai atrás. O reggae nunca teve tantos adeptos em Portugal como nos dias de hoje.
Este estilo de música tem vindo a influenciar muito os jovens. "Eu só sou alguém porque tenho uma camisola com as cores do reggae" isto é o que muitos rapazes e raparigas pensam e na visão de muitas pessoas, também, só significa marijuana. Para a maior parte da população reggae é sinónimo de marijuana. Não está totalmente errado mas também está bem longe de estar correto. Conheço pessoas que ouvem e gostam de reggae, influência positivamente na sua vida mas que nunca fumaram.
O reggae que antes estava esquecido, que poucos ouviam, de um momento para o outro começa a surgir na ribalta. Todos gostam de reggae, todos ouvem, todos sentem, todos praticam, dizem eles. Mas reggae é muito mais que ouvir uma letra do Bob Marley e sabe-la de cor, para se praticar reggae temos que senti-lo, desde a ponta dos nossos dedos até ao fim do fio do nosso cabelo. Ouvir reggae influencia-nos tanto a nível musical como a nivel espiritual. Quem sente e segue o puro roots sabe que isso altera o modo de ver das pessoas. Nós começamos a dar mais valor ao amor, à paz, ao outro. Sabemos que temos alguém superior, Jah, que nos irá guiar e estará sempre connosco. Não precisamos que o reggae vire moda para dizermos "One Love my brother", somos um, somos uma família. A moda passa mas quem tem a verdadeira essência é que permanece.
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